segunda-feira, 6 de julho de 2009

EMBALAGENS E LETRAMENTO

A 5ª oficina, no dia 1º de julho, foi muito especial. Com o objetivo de introduzir os trabalhos e os estudos do TP4, que trata do letramento, levei um relato de uma atividade que fiz com meus alunos. Antes disso, ouvimos os relatos de duas cursistas muito especiais: a Dirlei e a Nilza. O relatos delas foram inspiradores para todos. A Dirlei fez um trabalho muito interessante com leitura de imagens e produção de texto. A Nilza apresentou uma experiência de estudo de texto argumentativo. A argumentação e a postura política está na veia da Nilza – e isso é muito bom.
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Trabalho em uma escola que fica em uma comunidade bastante carente e meus alunos têm aulas normais de manhã e, à tarde, duas vezes por semana, têm aulas de reforço comigo. Portanto, são todos encaminhados para mim por apresentarem “dificuldades de aprendizagem”. A atividade que relatei consistia no seguinte:
Combinei com os alunos (são grupos de 6) de irmos juntos ao mercado perto da escola para, com a máquina fotográfica da escola, tirarmos fotos de embalagens de alguns produtos. Segundo a combinação, eles deveriam escolher produtos que possuíssem diferentes marcas, fotografar a embalagem inteira e, depois, em detalhe, os trechos que julgassem ser importantes para influenciar o consumidor.
“O sor paga um refri pra nós?”.
“Pago, se todos se comportarem” (alguns são umas pestes!).
No mercado, apenas observei e incentivei o início das fotos (eles estavam um pouco sem jeito, porque acharam que o dono do mercadinho ia ficar bravo). Depois das fotos, tomamos o refri com uns biscoitos na pracinha entre o mercadinho e a escola. Na sala, sentamos em volta do computador, passamos as fotos e eu fui fazendo algumas perguntas norteadoras para guiar a leitura.
1. Que informações chamam a atenção nessa embalagem?
2. Por que (ou como) essa informação se destaca? Como ela é construída?
3. Ela é realmente importante para o consumidor? Por quê?
4. Nos produtos concorrentes, as informações são as mesmas?
5. Em que se parecem/se diferenciam?
6. Que produto você prefere? Por quê?
Por fim, determinei que cada aluno inventasse uma marca para algum produto e confeccionasse sua embalagem. A atividade era, sobretudo, para as aulas ficarem menos chatas. Deu certo! Os alunos adoraram. E aprenderam muito! A atividade seria mais simples se fossem levadas embalagens vazias para a aula. É bacana também, mas, como eu tinha o computador na sala e queria dar uma volta com os alunos, preferi as fotos. Outra opção é utilizar os celulares dos alunos e, em grupos, cada um com um celular, analisar as fotos no próprio telefone. Nem preciso dizer que os alunos iriam adorar a ideia…

O GESTAR II E OS PLANOS DE ESTUDO: COMO CONCILIAR? uma proposta de metodologia de planejamento (parte 1)

As atividades do Gestar II têm provocado algumas inquietações. ¿Como dar conta das atividades propostas pelo material do programa sem deixar de lado os Planos de Estudo? ¿Como ensinar a gramática, se muito pouco aparecem questões sobre isso no material? ¿Será que vão aparecer essas questões mais adiante? ¿Quando vamos trabalhar mais com a gramática? ¿Se, nos planos de estudo, o ensino de gramática é que é privilegiado nos conteúdos, como trabalhar com o Gestar? Como Jack Estripador, vamos por partes.
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Primeiramente, temos que esclarecer o que é e o que não deve ser trabalhar com a gramática no texto. Para isso, temos que discutir o caminho metodológico de planejamento. Tradicionalmente, o planejamento inicia (1) na escolha do conteúdo a ser trabalhado, por exemplo, adjetivos. Em seguida, se quisermos trabalhar com o texto, devemos (2) escolher o texto a ser estudado. Só então, é que (3) se elaboram as questões que abordam adjetivos no texto em estudo. Portanto, o caminho tradicional que o professor percorre para planejar é o seguinte:
Escolha do conteúdo => Escolha do texto => Elaboração das questões
Esse caminho limita o estudo do texto por diversos motivos:
1. Ao escolher o texto em função de um conteúdo, vinculamos demais o texto a um conteúdo gramatical específico, limitando as qualidades linguísticas do texto, uma vez que, sem dúvida, muitos outros conteúdos gramaticais poderiam ser trabalhados com aquele texto.
2. Isso traz uma consequência trágica no que se refere à concepção do trabalho com gêneros textuais. Se o texto é escolhido para trabalhar com adjetivos, por exemplo, a situação comunicativa pressuposta parece estar mais ligada a uma aula de Português do que à situação real de produção, o que é absurdo.
3. Pensando o conteúdo primeiro, por um lado, deixa-se de lado todos os conteúdos que podem ser interessantes para a interpretação do texto em análise, por outro, forçam-se algumas atividades para trabalhar com determinado conteúdo, sem que elas necessariamente sirvam para construir a significação do texto. Volta-se, então, à gramática pela gramática.
Outro caminho que proponho:
Escolha do texto => Estudo do texto => Levantamento de conteúdos gramaticais => Elaboração de questões (gramaticais ou não) que sirvam à significação do textoEsse caminho inicia com (1) a escolha de um texto que o/a professor/a pense ser significativo para trabalhar com determinada turma. Depois, ele/a faz (2) uma leitura atenta do texto para (3) observar que elementos gramaticais chamam a atenção na construção da significação e da corporificação estética do texto. Por fim, (4) elaborar questões, utilizando os conteúdos gramaticais que realmente se destacam na construção do significado do texto.

PROVAS DIAGNÓSTICAS

No Guia Geral do material do Gestar II, é dito que podem ser feitas avaliações diagnósticas no início da implementação do programa e no final, a fim de investigar e discutir os resultados não só para avaliar o que o programa vai alcançar, como ainda para preparar estratégias durante o andamento dos trabalhos. Embora essa avaliação não seja obrigatória, o município de Igrejinha entendeu que era algo importante a ser feito. A ideia foi defendida pela Flávia (coordenadora pedagógica) e apoiada pela Secretária de Educação.
A SME de Igrejinha, então, contratou as Faculdades Integradas de Taquara (Faccat) para elaborarem a prova diagnóstica.
No dia 02 de junho, eu e a Flávia tivemos uma reunião com as professoras do Curso de Letras da Faccat, Liane Filomena Müller e Daiane Campani de Castilhos, para entregarmos o material do Gestar II e combinarmos algumas orientações sobre a elaboração da prova. Decidimos fazer apenas dois modelos de provas: uma para 6º e 7º Anos e outra para 8º e 9º Anos. As provas deveriam ter uma parte de questões objetivas e uma parte de produção textual para ser aplicada a todos os alunos da Rede Municipal de Igrejinha dessas séries.
Na última semana de junho, revisei as provas e sugeri algumas alterações. Depois de as provas estarem prontas, ajudei a Flávia a formatar as provas.No momento, as provas estão sendo reproduzidas para serem aplicadas na semana do dia 13 de julho. Vamos esperar ansiosos por tudo. Aliás, vamos preparar ainda alguns detalhes finais.

Deus e eu no sertão

Nunca vi ninguém
Viver tão feliz
Como eu no sertão
Perto de uma mata
E de um ribeirão
Deus e eu no sertão
Casa simplesinha
Rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir
Deus e eu no sertão
Das horas não sei
Mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão
Trabalho cantando
A terra é a inspiração
Deus e eu no sertão
Não há solidão
Tem festa lá na vila
Depois da missa vou
Ver minha menina
De volta pra casa
Queima a lenha no fogão
E junto ao som da mata
Vou eu e um violão
Deus e eu no sertão

Estudo da música DEUS E EU NO SERTÃO

1. A letra dessa música é mais descritiva ou mais narrativa? Explique.

2. Na segunda estrofe, o eu-lírico começa a descrição do “seu sertão”. Como é esse lugar, nas tuas palavras?

3. Observe os versos e responda às questões abaixo:

Casa simplesinha
Rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir

a) O adjetivo simplesinha, no diminutivo, tem intenção de menosprezar o substantivo casa? Por quê?

b) Como deve ser, na sua opinião, uma “casa simplesinha”, neste contexto?

c) Faça uma frase em que o adjetivo seja usado no diminutivo em tom pejorativo. Depois, faça outra frase em que o mesmo adjetivo seja usado sem esse tom.

4. No verso “De noite um show no céu”, a palavra show, embora seja um substantivo, serve para caracterizar um acontecimento.
a) Que acontecimento é esse?

b) Por que foi utilizada esta palavra?

c) Que outro termo poderia ser empregado (sem se preocupar com a rima)?

5. Observe as estrofes:

Das horas não sei
Mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão
Trabalho cantando
A terra é a inspiração
Deus e eu no sertão

a) A que se refere a expressão o clarão?

b) O que significa a expressão cuidar do chão? Por que, na sua opinião, o eu-lírico utiliza o verbo cuidar nesse verso?

c) Faça um desenho que ilustre a sequência dessas duas estrofes.

6. A descrição do ambiente sugere liberdade, ligação com a natureza e solidão. Que expressões mostram isso? Por quê?

7. As descrições nesta música destacam-se pelo “movimento”. Observe qual classe gramatical (substantivo, adjetivo, verbo…) ocorre com bastante frequência e explique por quê.

8. Na sua opinião, a letra dessa música poderia ser vista também como um poema? Por quê?

9. Você gosta desta música? O que o estudo dela faz reforçar o seu gosto?

Chora, Me Liga!

Não era pra você se apaixonar
Era só pra gente ficar,
Eu te avisei
Meu bem eu te avisei.
Você sabia que eu era assim
Paixão de uma noite
Que logo tem fim
Eu te falei
Meu bem eu te falei
Não vai ser tão fácil assim
você me ter nas mãos
Logo você que era acostumada a brincar com outro coração
Não venha me perguntar
Qual a melhor saída
Eu sofri muito por amor
Agora eu vou curtir a vida
Chora, me liga
Implora o meu beijo de novo
Me pede socorro
Quem sabe eu vou te salvar
Chora, me liga
Implora pelo meu amor
Pede por favor
Quem sabe um dia eu volto a te procurar

Estudo da música CHORA, ME LIGA

1. Observe a situação de comunicação que é retratada na letra da música e responda:
a) Quem é a voz que fala na música?

b) A quem essa voz fala?

c) Em que situação ocorre essa conversa? Com que objetivo essa voz fala a outra?

2. Observe como o eu-lírico se caracteriza:
a) Que expressões ele usa para isso?

b) No seu modo de falar, como você o caracterizaria?

3. Faça um desenho para mostrar através dele a imagem de amor que aparece nessa música. Depois, você terá que explicar seu desenho para os colegas.

4. Que expressão o eu-lírico usa para se referir a sua interlocutora?

5. Quais são as características da interlocutora dessa letra? Em que versos você pode perceber isso?

6. Você gosta da letra dessa música? Por quê?

7. Você se identifica com alguma das vozes que aparece na música? Por quê?

8. Escreva uma resposta como se você fosse a “outra voz” dessa música. Demonstre os sentimentos e estabeleça um diálogo com a letra inicial, de João Bosco e Vinícius.

9. Observe o refrão:
Chora, me liga
Implora o meu beijo de novo
Me pede socorro
Quem sabe eu vou te salvar
Chora, me liga
Implora pelo meu amor
Pede por favor
Quem sabe um dia eu volto a te procurar
Que palavras sugerem o tipo de “relação romântica” que ocorre na música? Explique.

Você não vale nada mas eu gosto de você

Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Tudo que eu queria
Era saber por quê?!?
Tudo que eu queria
Era saber por quê?!?

Você brincou comigo,
Bagunçou a minha vida.
E esse meu sofrimento
Não tem explicação.
Já fiz de quase tudo
tentando te esquecer.
Vendo a hora morrer
Não posso me acabar na mão.
Seu sangue é de barata,
A boca é de vampiro.
Um dia eu lhe tiro
De vez do meu coração.
Aí não mais te quero
Amor não dê ouvidos
Por favor me perdoa
Tô morrendo de paixão...

Eu quero ver você sofrer
Só pra deixar de ser ruim
Eu vou fazer você chorar, se humilhar
Ficar correndo atrás de mim....(2x)

Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Você não vale nada,
Mas eu gosto de você!
Tudo que eu queria
Era saber por quê?!?
Tudo que eu queria
Era saber por quê?!?

Estudo da música VOCÊ NÃO VALE NADA MAS EU GOSTO DE VOCÊ,

1. Essa música possui duas vozes. Quais são?

2. Em que estrofes fala a primeira voz? E em qual delas fala a segunda?

3. Qual é a situação de comunicação que está retratada na música?

4. Entre os registros que o dicionário Houaiss tem para o verbo brincar, estão: 1. não falar a sério; gracejar; 2. fazer zombaria; debochar; 3. não demonstrar interesse; não dar importância; não levar (algo) a sério; 4. agir com leviandade ou imprudência. Como você explica essa palavra pelo verso “Você brincou comigo”?

5. Faça uma pequena história que ilustre a expressão “Bagunçou a minha vida”.

6. Observe o verso: “Seu sangue é de barata”. Você já deve ter ouvido essa expressão em outros momentos. Sabe o que significa?

7. O que significa, nessa situação, ter “boca de vampiro”?

8. Observe novamente o seguinte trecho:
Um dia eu lhe tiro
De vez do meu coração.
Aí não mais te quero
Amor não dê ouvidos
Por favor me perdoa
Tô morrendo de paixão...

a) Entre os três primeiros versos e os três últimos, o eu-lírico se mostra indeciso, em conflito. Qual é a indecisão que ele vive?

b) Que expressão mostra o momento em que ele muda de ideia?

c) Que expressão mostra que o eu-lírico se coloca em situação de inferioridade em relação à sua amada?

d) Observe o uso dos pronomes e dos verbos. Quais estão em 2ª pessoa? E quais estão em 3ª pessoa? Essa mistura acontece em outras partes da música? Onde?

9. Muitas vezes, a música se confunde com a poesia. Na sua opinião, este é o caso desta música, ou seja, você acha que “Você não vale nada, mas eu gosto de você” é também um poema? Por quê?
10. Você gosta desta música? Por quê?

OFICINA 4: PROPOSTA COM MÚSICAS

Para encerrar o estudo do TP3, sobre gêneros e tipos textuais, escolhi fazer uma atividade mais prática. Era necessário aliviar um pouco depois de estudar Vygotsky…
Levei três músicas que estão sendo muito tocadas nas rádios: Você não vale nada, mas eu gosto de você (Calcinha Preta), Chora, me liga (João Bosco e Vinícius) e Deus e eu no sertão (Victor e Leo)[1].
Pois é, na verdade verdadeira, essas não são músicas exatamente que eu diria que me agradam, mas… acho que a oficina sobre essas músicas arrebentou! Não digo só pela parte que me toca, modéstia à parte, mas o envolvimento dos professores-cursistas foi excelente!!! O clima da oficina ficou diferente…
O fato é que eu elaborei, com base no referencial teórico do TP3, algumas questões para o estudo dessas três músicas, dirigidas para alunos. Mostrei um vídeo de cada música (tudo do YouTube). Para mostrar a primeira música, escolhi a apresentação do Calcinha Preta no Faustão (que horror!…) e o clipe da música para divulgar o filme Chega de Saudade. A segunda música foi colocada através de uma ilustração feita no Paint, que sugere uma atividade bastante interessante para fazer tanto no Laboratório de Informática, quanto na sala mesmo, com folha A4. A terceira música é uma cena da novela das 6h em que Vítor e Leo fazem uma participação especial. É bacana.
As atividades e as letras estão disponíveis abaixo dos vídeos.
Carregue os vídeos acima, vale a pena.
[1] Não sei quem são os compositores. Esses, indicados entre parênteses são os intérpretes que escolhi.

VYGOTSKY E ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Na terceira oficina (10/06), foram trabalhados alguns tópicos de Vygotsky: desenvolvimento real, desenvolvimento potencial, Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) e mediação. É muito mais difícil ser um bom professor sem conhecer Vygotsky. Dois motivos para isso: (1) se quisermos ensinar, é realmente necessário termos, pelo menos, alguma noção sobre como os indivíduos aprendem e (2) as coordenadoras pedagógicas largam do pé do professor que conhece Vygotsky (eheheh).
De forma bem simples, podemos dizer que o desenvolvimento real é o nível de desenvolvimento em que o indivíduo se encontra num determinado momento. É observada a partir do que o aluno consegue fazer sozinho. É o conhecimento que o sujeito já conseguiu consolidar e que vai possibilitá-lo resolver situações de forma autônoma.
O processo cognitivo que gera o desenvolvimento real, mais consistente, gera também alguns conhecimentos menos seguros através dos quais, com a ajuda de alguém mais experiente, é possível realizarem-se tarefas mais complexas. Ou seja, o nível de desenvolvimento potencial é aquele em que o conhecimento e as habilidades estão ainda em processo, mas, com ajuda, o sujeito já consegue realizar dada atividade.
Assim, um aluno que ainda não construiu uma aprendizagem significativa da noção de frase, por exemplo, isto é, não tem a habilidade de construir sozinho uma frase escrita e bem formada (a frase não pertence a seu nível de desenvolvimento real) pode, com a ajuda do professor – ou de um colega mais experiente – fazê-lo (desenvolvimento potencial). Nem precisa dizer que esse aluno não teria condições de fazer um texto bem escrito (provavelmente, nem com ajuda). Isso significaria que a capacidade de fazer um texto estaria fora do desenvolvimento potencial desse aluno. Com a prática assistida, mais tarde, o aprendizado vai se consolidar e o aluno vai conseguir fazer a frase sozinho (desenvolvimento real). Nesse processo, o aluno vai ampliar seu conhecimento e talvez, com ajuda, consiga elaborar um texto (a textualização já estaria, então, em seu desenvolvimento potencial).
A zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é a área entre o que o indivíduo consegue sozinho e o que ele consegue com ajuda; entre o desenvolvimento real e o desenvolvimento potencial. Usando o exemplo acima, podemos dizer que, quando o aluno ainda não aprendeu a fazer uma frase bem formada, não adianta trabalharmos o texto por inteiro e esperarmos um bom resultado, pois o texto, por estar fora do desenvolvimento potencial (ele não conseguiria nem com ajuda), está também fora da ZDP.
A ZDP pode ser também – por extensão de sentido – a diferença entre um aluno menos experiente (A) e um mais experiente (B). É na área dessa diferença que o aluno A vai poder aprender. Ele dificilmente vai aprender mais que o aluno B, num primeiro momento. O aluno B vai consolidar ainda mais seu conhecimento enquanto ensina, o que pode ampliar seu desenvolvimento potencial.
A mediação é a intervenção preferencialmente planejada de uma pessoa mais experiente a fim de ensinar alguém menos experiente.É necessário explicar que, no exemplo acima, o uso de frase e texto é meramente ilustrativo entre habilidades mais simples (construção de frase) e mais complexas (construção do texto). O aprendizado e a passagem da frase para o texto não é tão linear como sugerido no exemplo.