segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Avaliação dos Resultados e Planejamentos

A oficina 8, no dia 05 de agosto, foi dedicada à discussão dos resultados das questões objetivas. Fizemos planilhas para avaliar o desempenho geral das turmas, pensando na harmonia do grupo, uma vez que o professor precisa ter noção do desenvolvimento geral (médio) do grupo que atende, bem como uma noção, breve que seja, do nível individual.
Estão sendo muito instigantes essas oficinas em que estamos tratando dessa avaliação diagnóstica, pois, sendo ela uma avaliação de caráter externo, possui uma vantagem em relação a outras avaliações dessa natureza.
Em geral, avaliações como a Prova Brasil (do MEC) e o Saers (do Governo do Estado do RS) possuem uma sistematização maravilhosa, uma fundamentação teórico-metodológica complexa e rica, que apontam diagnósticos absolutamente relevantes para serem estudados nas escolas. As equipes que desempenham as interpretações desses dados são conhecedoras de uma realidade que é desconhecida pelas próprias escolas e isso poderia sugerir pleno sucesso da avaliação. No entanto, essas equipes não conhecem os alunos e nem são professoras deles. Ou seja, apesar de terem um conhecimento “técnico”, por assim dizer, das avaliações, não podem atuar diretamente na sala de aula. O professor, por outro lado, é comum que não conheça com profundidade o aparato teórico que sustenta as avaliações de larga escala.
Na avaliação promovida para o Gestar II no município de Igrejinha, embora não tenhamos tanta experiência em avaliações externas, conhecemos os alunos, aplicamos as provas, conhecemos e discutimos o nosso próprio sistema de avaliação e desenvolvemos nossas estratégias a partir do diagnóstico construído.

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Nessa mesma oficina, propus que, em duplas, os professores cursistas preparassem um planejamento a partir de uma das seguintes opções de textos: “Você lembra, pai?”, de Daniel Munduruku; “Herança africana” e “Cidadezinha Qualquer”, de Drummond. Os textos se encontram, respectivamente, nas páginas 48, 49 e 97 do TP4.Nesse planejamento, pedi que fossem levados em conta a teoria sobre gêneros e tipos de discurso e as categorias linguísticas relevantes nos textos (conforme meu texto “O Gestar II e os Planos de Estudo: uma proposta de metodologia de planejamento”). O planejamento deveria se destinar a uma turma específica, considerando-se os resultados obtidos no diagnóstico. Como tema de casa, os professores cursistas ficaram de digitar e copiar seu planejamento para os colegas e apresentá-lo oralmente na oficina seguinte.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

CORREÇÕES DAS REDAÇÕES

Como já exposto, o município de Igrejinha se antecipou, encomendando as avaliações diagnósticas de uma IES. As provas foram aplicadas e avaliadas. As questões objetivas foram apuradas através de uma grade de correções, mas, como se sabe, as provas de redação não são de avaliação tão rápida assim.
Entendendo que o trabalho do professor deve ser reconhecido também financeiramente, a SME ofereceu pagamento de oito horas-extras, cumpridas nas respectivas escolas, para que os professores realizassem as avaliações com tempo mais adequado.

JORNADA PEDAGÓGICA



Antes de entrar em recesso, nos dias 23 e 24 de julho, os professores de Igrejinha participaram (ou participamos) da XVI Jornada Municipal de Estudos, com o tema Educar e Ensinar (II): Qual o papel da escola?. A conferência de abertura foi proferida pela profª. Kátia Cristina Stocco Smole, doutora pela USP e coordenadora do Mathema.
Em seguida, vieram as palestras temáticas de Cláudia Werneck, jornalista e superintendente da ONG Escola de Gente, que falou sobre o tema Sociedade Inclusiva: Quem cabe no seu Todos?. E José Outeiral, médico, psiquiatra e psicanalista, que trouxe o tema Infância e Adolescência: Criatividade, Limites e a Escola.
O segundo dia iniciou com a mesa temática Desafio das Relações Escolas: prevenção e mediação de conflitos, que contou com Ana Maria Falcão de Aragão Sadalla, pesquisadora da UNICAMP e pós-doutora pela Universidade de Aveiros – Portugal; Dorival Adair Fleck, membro do Conselho Estadual de Educação CEED; e Julio Walz, psicólogo e Pós-Doutor em Medicina (UFRGS).
A Conferência de Encerramento ficou a cargo de Lino de Macedo, livre-docente da USP, que falou sobre o tema Como Construir uma escola para Todos?

ANÁLISE DAS PROVAS DIAGNÓSTICAS

Na 7ª oficina, no dia 22 de julho, foi feita uma análise, questão por questão, das provas diagnósticas. Discutimos o que as provas podiam mostrar a fim de diagnosticar o que nossos alunos sabem e o que eles precisam saber.
Entendemos que os objetivos dessa avaliação eram desenvolver a consciência sobre as dificuldades e as fortalezas dos alunos, bem como capacitar-nos para reorientar nossa prática no que for necessário.
Para auxiliar aos cursistas, preparei as planilhas abaixo, em que constam algumas orientações básicas.

Planilha de acompanhamento da prova diagnóstica
6º e 7º anos
Planilha de acompanhamento da prova diagnóstica
8º e 9º anos

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E BLOGS

No dia 08 de julho, fizemos a 6ª oficina do Programa Gestar II, desta vez, pela manhã, na EMEF Vila Nova, e pela tarde, na EMEF Osvaldo Cruz. Essa mudança de lugar (as reuniões normalmente são no Parque da Oktoberfest) se deve ao especial objetivo desta oficina: concretizar a construção dos blogs individuais dos cursistas. Por isso, precisamos dos Laboratórios de Informática dessas escolas.

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Antes de começarmos a atividade com os blogs, porém, estudamos os critérios de avaliação das provas diagnósticas de redação que seriam aplicadas no município. São duas planilhas diferentes: uma para 6º e 7º Anos e outra para 8º e 9º Anos.
Abaixo estão as propostas e as respectivas planilhas de critérios da avaliação.

PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL

Você acabou de ler uma história em quadrinhos que contou um fato vivido por Chico Bento. Agora, conte o que aconteceu com Chico Bento, as galinhas e sua mãe em forma de texto narrativo. Não se esqueça de criar um narrador e de criar diálogos entre os personagens! Também não se esqueça do modo típico de Chico Bento e sua mãe falarem.
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Quanto ao conteúdo
Bom
Suficiente
Insuficiente
a) atendeu à proposta da criação de um texto narrativo?
b) mencionou todos os fatos apresentados nos quadrinhos?
c) mencionou o local onde se passa a história?
d) citou todos os personagens envolvidos?
e) criou um narrador?
f) criou diálogos?
g) observou o dialeto “caipira” na fala dos personagens?
Quanto à revisão linguística
a) atendeu às normas ortográficas na fala do narrador?
b) pontuou corretamente o texto?
c) organizou-o em parágrafos?
d) tendeu a normas gramaticais como concordância e regência na fala do narrador?
e) utilizou recursos de coesão, tais como articuladores, pronominalizações, substituição vocabular e elipses?
Quanto à apresentação
a) deu um título adequado à história?
b) apresentou uma letra legível?
c) organizou seu texto observando o espaço destinado na folha dada?

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PROPOSTA DE PRODUÇÃO TEXTUAL

Você deverá agora redigir um texto escolhendo uma das duas propostas apresentadas abaixo. Antes de iniciar a escrita, porém, observe alguns aspectos importantes, como para quem você irá escrever, ou seja, quem será (ou serão) o(s) leitor(es) do seu texto, qual o tipo de linguagem que esse destinatário requer, que argumentos vai selecionar para convencê-lo da veracidade das suas afirmações. Não esqueça também de fazer a revisão do seu texto, relendo-o e, se necessário, corrigindo a ortografia, a pontuação, a organização das ideias, a seleção do vocabulário, para só então passá-lo a limpo. Mãos à obra e bom trabalho!
1ª proposta: Escreva uma carta a alguém declarando e justificando a sua posição diante do consumo de drogas, quer as lícitas como as ilícitas.
2ª proposta: Redija um texto falando sobre a importância da preservação ambiental para a existência do planeta. Para isso, você poderá se valer de outros textos que contenham dados importantes para comprovar o que você diz.

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CONTEÚDO DO TEXTO
Bom
Suficiente
Insuficiente
1. O texto apresenta introdução?
2. É evidente a tese a ser defendida?
3. Os argumentos foram bem selecionados e desenvolvidos?
4. Houve graduação dos argumentos?
5. Os argumentos e contra-argumentos estão bem organizados?
6. Os articuladores lógicos foram utilizados com precisão?
7. Há proposta de uma conclusão?
8. A seleção lexical foi adequada?
UTILIZAÇÃO DO CÓDIGO ESCRITO
1. As orações estão bem estruturadas?
2. Os parágrafos do texto estão bem organizados?
3. A pontuação está adequada?
4. As regras ortográficas foram respeitadas?